segunda-feira, 19 de maio de 2014



A nutricionista Lilian Mika Horie, durante uma aula no Ganepão — o maior congresso de nutrição do Brasil —, trouxe dados de uma série de pesquisas que investigam o elo entre mudanças na massa corporal e a temida doença de Alzheimer, a demência mais incidente no mundo. E veja só que curioso: de 30 a 40% dos pacientes com as formas leve ou moderada desse distúrbio neurodegenerativo perdem peso alguns anos antes do diagnóstico. Acredita-se que a disfunção, por abalar as células nervosas, dificultaria a transmissão da sensação de fome — ou nos faria esquecer que não almoçamos, por exemplo. Em outras palavras, talvez valha a pena ficar de olho em eventuais mudanças na massa corporal de indivíduos mais velhos.

Outro ponto interessante: artigos começam a apontar que vítimas do Alzheimer que perdem peso após o diagnóstico apresentam uma progressão mais rápida da doença. Já os que ganham quilos conseguiriam freá-la. Isso, claro, não justifica banquetes diários — mas sugere que uma alimentação equilibrada tem um papel importante na saúde dos neurônios.

Theo Ruprecht, diretamente do Ganepão

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